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Zé Chico não será candidato nas eleições do Fluminense

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O ex-presidente do Fluminense, José Francisco Pinto, o Zé Chico, não disputará as eleições no Fluminense de Feira. Até então existia uma grande expectativa de que ele pudesse formar uma chapa juntamente com outro ex-presidente, Hércules Oliveira para disputar o pleito cujo edital de convocação foi publicado no último sábado pela comissão eleitoral constituída em reunião extraordinária para coordenar o processo.

O ex-presidente Zé Chico alegou que o momento não seria o ideal para que pudesse participar do processo eleitoral no Fluminense. “O que penso em termos de Fluminense é algo muito maior do que o que se tem no momento. A situação de agora é difícil porque em meio a pandemia, os recursos que se têm são poucos e futebol não é uma coisa simples. Tem muitas questões envolvidas que precisam ser levadas em conta e o grupo que está aí conta com o apoio do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal, das torcidas organizadas. O momento é deles”, declarou.

Zé Chico em pouco mais de 14 anos participando da vida do Fluminense ocupou diversos cargos: vice-presidente administrativo, presidente do Conselho Deliberativo por três vezes, diretor de futebol até chegar a presidência do clube. “Tive meus erros como qualquer outro, mesmo porque ninguém perfeito. Entretanto aprendi que as coisas acontecem com o tempo, futebol se faz com o tempo e não a toque de caixa como está se fazendo: se tem a eleição no dia 21 e pouco mais de 30 dias para organizar tudo. Eu não consigo trabalhar desta forma apressada e açodada. Como o grupo que tá aí já tem o processo adiantado com comissão técnica trabalhando, jogadores sendo contratados e conta com o apoio de setores importantes, a vez agora é deles e a mim cabe apenas ficar na arquibancada torcendo, se me for permitido”, analisou o ex-dirigente.

Ele confirmou conversas que teve com o advogado Hércules Oliveira e outras pessoas. “Foram duas reuniões que fizemos diante de muitas conversas. Quando o ex-presidente (Tom) renunciou, muita gente me procurou: jogadores, até mesmo um treinador e se fosse adiante a ideia já teria alguma coisa. No entanto futebol é muito complexo e você não pode remar contra a maré. Ou existe a união ou infelizmente as coisas não desenvolvem”, observou

FUTURO

Dentro das discussões travadas, Zé Chico deixou claro que a decisão tomada não significa um adeus ao Fluminense. “Embora eu não tenha podido concluir meu mandato, não me sentiria bem de repente em ser um presidente ‘tampão’ porque tenho projetos, tenho outra visão do clube. Por exemplo, entendo que não se pode fazer futebol sem divisão de base e no momento não se tem nada. É preciso se pensar na base, é preciso ter uma estrutura organizada e você fazer isso em menos de um ano é muito difícil”, argumenta. “Para o momento é certo é buscar torcer pelo time, que dê tudo certo. Agora lá na frente, quem sabe eu não volte? Eu já deixei claro que poderia participar tranquilamente, porém em outras condições que não estas de momento”, complementou.

As eleições estão marcadas para o dia 21 de janeiro e quem for eleito terá menos de um ano para concluir o mandato deixado em aberto com a renúncia do ex-presidente Everton Carneiro, o Tom. Outro processo eleitoral acontecerá no final do ano, quando serão escolhidos novos dirigentes executivos e um novo Conselho Deliberativo.

Por Cristiano Alves

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