O Jacuipense já traça seus caminhos para a temporada de 2026 — e um deles passa, ao que tudo indica, longe de Riachão do Jacuípe. Com o início do Campeonato Baiano marcado para o dia 10 de janeiro, o clube ainda não sabe se poderá atuar em sua tradicional casa, a Arena Valfredão, que passa por obras sem data confirmada para conclusão.
Enquanto aguarda o fim das intervenções, o Leão do Sisal trabalha com um plano B: mandar seus jogos no Estádio Roberto Santos (Pituaçu), em Salvador.
Em entrevista recente ao Diplomatas, o presidente do conselho deliberativo do clube, e também vice-prefeito de Riachão do Jacuípe, Felipe Sales, afirmou que o estádio Eliel Martins, deve ficar pronto no primeiro trimestre de 2026 e que, inclusive, o próprio Joia da Princesa seria uma opção para o Leão do Sisal mandar os seus jogos no Baiano
De acordo com informações, o Jacupa solicitou o uso de Pituaçu e teve o pedido autorizado pela autarquia, vinculada à Setre (Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte).
A requalificação do estádio de Riachão de Jacuípe inclui uma série de melhorias estruturais. Estão entre elas novos sanitários e bilheterias, novo gramado e drenagem, iluminação em LED, reforma dos vestiários, reparos estruturais e readequadação no setor de imprensa.
O investimento total é de cerca de R$ 1,2 milhão, sendo parte proveniente de recursos próprios da prefeitura e outra de uma emenda parlamentar do deputado federal Paulo Azi (União Brasil).
Mesmo pronto para receber jogos, Pituaçu ainda vive um impasse fora das quatro linhas. Uma recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) gerou um Termo de Ajustamento de Conduta que determina que partidas no estádio aconteçam sem público, até que medidas de segurança sejam implementadas.Entre as exigências estão a substituição dos alambrados por divisórias de vidro, a instalação de catracas com biometria facial e a criação de uma central técnica de monitoramento conforme prevê a Lei Geral do Esporte (nº 14.597/2023).Essas determinações constam no TAC nº 113/2023, firmado entre o MP-BA e a Sudesb em fevereiro deste ano. A autarquia informou que já iniciou o processo para atender às demandas, mas a primeira licitação foi frustrada, e agora avalia-se uma contratação direta, sem previsão de término.Enquanto isso, o Jacuipense corre contra o tempo: além da logística de viagens a Salvador, o clube precisará lidar com o vazio nas arquibancadas.


