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Para executivo pandemia está forçando mudança de gestão nos clubes

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A pandemia do Covid-19 agravou a crise financeira na grande maioria dos clubes do futebol brasileiro. A falta de receitas como bilheteria e a queda na arrecadação com programas de sócio torcedor são fatores que contribuíram para o agravamento do quadro e diante desta perspectiva, só devem sobreviver aquelas agremiações cuja gestão é completamente profissionalizada. Esse é o entendimento do executivo de futebol Claiton Fernandez (foto), que também é professor do programa da FGV/FIFA/CIES em Gestão de Esporte, além de Instrutor da CBF Academy de Gestão Esportiva e Licenças, entre outros cargos.

Em entrevista ao Conexão Esportiva, o gestor manifestou a sua preocupação em relação ao momento vivido pelos clubes brasileiros. “Muitos já viviam dificuldades financeiras e com a pandemia isso complicou porque as receitas ficaram ainda mais achatadas. Mesmo assim alguns buscaram material fora do Brasil, o que inflacionou ainda mais os custos e o retorno foi praticamente zero. É por isso que clubes como o Botafogo, por exemplo, estão atolados em uma crise sem precedentes e que pode ter consequências terríveis”, observou.

Outra situação levantada pelo dirigente é a falta de um planejamento que harmonize todos os setores: futebol, administrativo e financeiro. “Parece uma guerra de egos e quem sai prejudicado com isso são os clubes por conta da forma como são geridos e a realidade é que essa pandemia agora vai acabar com muitos clubes, a não ser que aconteça uma transformação de gestão. Sei que existem conflitos, no tocante a isso , mas o futebol tem que ser encarado como empresa porque existem responsabilidades, orçamento, planejamento e aqueles que passam por cima destas situações a tendência é se darem mal”, comentou Claiton Fernandez.

O gestor reconhece que ainda existe muita resistência por parte dos clubes, quando se fala em mudança de gestão. “Por ser algo novo, gera resistência por parte dos gestores. Só que a chegada da pandemia encurralou os clubes, que contam com receitas minimizadas e despesas que precisaram ser negociadas e prorrogadas, porém não diminuídas. A maiores dos clubes trabalham com incompatibilidade financeira, acumulando passivos e tomando dinheiro com taxas de juros altíssimas e curto prazo para pagamento. Dentro deste cenário, a profissionalização das áreas com um modelo de gestão é uma saída”, declarou Claiton Fernandez.

Por Cristiano Alves

Foto – Arquivo Pessoal

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