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Renda de jogo histórico ajudou na compra de área do CT do Flu de Feira

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Durante muito tempo, o Fluminense de Feira foi um clube “sem casa”, ou seja, tinha que se alojar em concentrações locadas e realizar suas atividades em campos alternativos como o Joia da Princesa, Vila Olímpica dos Amadores Edval Souza, em clubes sociais ou ainda em cidades vizinhas à Feira de Santana. Porém há 28 anos era adquirida a área na BR-116/Norte, onde está localizado o Centro de Treinamentos (foto) que leva o nome de Noide Cerqueira, empresário que teve importante participação no esporte e foi um dos que contribuiu financeiramente para aquisição da área onde está construída a base de treinamentos do Touro do Sertão. O ex-presidente do Fluminense, Emerson Cerqueira, lembra como foi o processo de compra da área e afirma que a arrecadação da histórica partida entre Fluminense de Feira x Parma da Itália contribuiu para a compra do local.  

De acordo com o ex-dirigente (foto), naquele ano o clube ainda possuía conta bancária e pôde, com o apoio de beneméritos adquirir a área onde hoje está o CT Noide Cerqueira, que na oportunidade foi um dos baluartes que contribuiu financeiramente para a compra do terreno, localizado na BR-116 Norte, no bairro Novo Horizonte. “Naquele tempo, os velhos torcedores se reuniam na loja do Sr. Luiz Paolilo, pai de Luizinho Paolilo que fazia parte da nossa diretoria. Num destes encontros, o Sr. Otacílio, torcedor do clube, disse ‘Luizinho, se vocês conseguirem dois cheques no valor de Cr$ 5 mil, eu vendo uma área’. Luizinho então colocou essa situação em uma reunião de diretoria e aí partimos para comprar a área”, lembra Emerson Cerqueira.

Emerson Cerqueira lembra ainda que os dois cheques foram para o dia 15 de maio e outro para o dia 15 de junho. “Na oportunidade oito pessoas contribuíram com Cr$ 1 mil, perfazendo um total de Cr$ 8 mil e o restante foi tirado na arrecadação do amistoso entre Fluminense e o Parma da Itália, que rendeu Cr$ 52 mil e deste valor coube ao Fluminense 50% da renda. Os torcedores que contribuíram para complementar o valor foram os seguintes:  Noide Cerqueira

Everton Cerqueira, Emerson Cerqueira, Gileno Portugal, José Falcão, Cássio Ramalho, Wilson Paes Cardoso e José Mendonça”, informa.

Mesmo com a aquisição da área, o Fluminense só viria a instalar a sua estrutura definitivamente no Novo Horizonte em 2002. “Saímos em 1993, aí veio a gestão do Gamela (Dilson Carneiro) que ergueu o vestiário. Mais tarde, Dinorá (Campos, ex-dirigente e torcedora-símbolo do Fluminense) conseguiu o telhado e as portas, concluindo na gestão de João Falcão e em 2002, já na gestão de Balbino Santana foi construída a concentração”, diz Emerson Cerqueira. “Outra coisa: a sede administrativa da Geminiano Costa foi cedida em contrato de comodato, mas tivemos que sair por questões politicas. Depois da eleição de João Durval, o espaço foi devolvido e o clube então fixou seu endereço administrativo ali”, conta.

MUDANÇAS

Ao longo do tempo, o CT Noide Cerqueira foi sofrendo modificações. Inicialmente se tinha apenas um campo, porém outro campo considerado como o principal foi construído. Além disso foram construídos além do vestiário, uma rouparia e lavanderia. Na parte da concentração foram construídos os departamentos médico e de fisioterapia, uma sala de convivência, academia, suítes nos quartos dos atletas e salas para que sejam instalados departamentos administrativo e de futebol no tricolor feirense.

Além desta área, o Fluminense ainda possui uma área às margens da BR-116/Sul, onde seria construída a sede náutica, mas se tornou alvo de disputa judicial que perdura anos, assim como uma polêmica de vender ou não o espaço para se buscar outra área. Sobre este tema, Emerson Cerqueira entende que o melhor seria construir algo que pudesse gerar receita ao Fluminense. “Só para se ter uma ideia, a frente do CT que fica no Novo Horizonte tem 230 metros que poderia ser dividido e construídos galpões que poderiam ser locados e assim gerar receita ao clube. Muita gente acha que deveria ser vendida a área junto ao Rio Jacuípe, mas ali tem cinco tarefas que poderia ser um posto de gasolina ou outro espaço que também poderia ser locado. O que o Fluminense precisa é construir coisas e não vender o que tem”, destaca Emerson Cerqueira.]

Por Cristiano Alves

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