Publicidade
Publicidade

Semana deverá ser decisiva para retorno do Baianão 2020

7 Min de leitura

A semana que começa deve ser decisiva no tocante a uma definição por parte da Federação Bahiana de Futebol em relação ao retorno do Campeonato Baiano. Com a sinalização da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que o Campeonato Brasileiro seja iniciado na segunda semana do mês de agosto, a expectativa é de que os entendimentos entre dirigentes e autoridades seja acelerado e até o final da semana se tenha uma confirmação sobre o retorno da competição estadual.

O presidente da FBF, Ricardo Lima (foto) já havia deixado claro em várias entrevistas que o desejo da entidade é finalizar a edição 2020 do Baiano dentro de campo e o trabalho de bastidores tem sido intenso no acompanhamento da elaboração de protocolos. Além disso a entidade tem mantido contato com as prefeituras e as secretarias municipais de saúde, para a liberação de atividades, como  foi o caso de Feira de Santana, onde o Bahia de Feira já recomeçou os treinamentos.

Em recente entrevista, o presidente do Bahia de Feira, Jodilton Souza revelou que as informações chegadas a ele dão conta de uma clara possibilidade de retorno do Campeonato Baiano a partir do dia 15 de julho. “O período seria entre 15 de julho e 2 de agosto, onde aconteceriam as duas últimas rodadas da fase classificatória e posteriormente as fases decisivas com semifinais e finais. Desta forma se encerraria dentro de campo a competição, conforme desejo da FBF e da CBF”, afirmou na oportunidade.

Outra situação que deve acelerar o processo de uma resolução é que a CBF projeta começar o Campeonato Brasileiro das Séries A e B no dia 9 de agosto, enquanto as Séries C e D deverão ter datas definidas esta semana. De antemão, o presidente da entidade máxima do futebol nacional, Rogério Caboclo descartou qualquer possibilidade de alteração do formato destas competições, que tem o Jacuipense participando na Série C, enquanto Bahia de Feira, Atlético de Alagoinhas e Vitória da Conquista estão confirmados na Série D.

NA CONTRAMÃO

Enquanto Bahia de Feira, Jacuipense e a dupla BaVi já retornaram às atividades, clubes como o Fluminense de Feira, Juazeirense, Vitória da Conquista, Doce Mel e Jacobina aguardam definições recomeçarem os treinamentos. O presidente do Fluminense, Everton Carneiro, o Tom, segue no aguardo de uma confirmação da FBF, inclusive no tocante a apoio financeiro para voltar aos trabalhos. “Converso diariamente com o presidente Ricardo Lima (da FBF) e ainda não há uma posição concreta quanto a volta do Baiano. Estamos buscando não complicar ainda mais as finanças do clube e só podemos voltar com a segurança não só de datas, mas de apoio financeiro porque a nossa situação é difícil. Quem já voltou é porque tem outras competições além do Baiano”, afirmou.

O presidente do Vitória da Conquista, Ederlane Amorim entende que as atividades só devam ser reiniciadas quando houver uma perspectiva concreta de retorno do Campeonato Baiano. “A minha intenção é retornar quando tiver uma perspectiva de retorno do campeonato (Baiano). Retornar por retornar, apenas pra satisfazer anseios de regulamentos e de parte burocrática eu acho ainda um risco”, refletiu. “O dia a dia do futebol é muito complexo, não é só juntar ou não juntar. Até para trazer jogadores de volta, de outros estados, confiná-los na sede ou fazer um time só com jogadores aqui de Conquista, ou seja, há muita coisa pra ser analisada antes que se estabeleça esse retorno sem nenhum objetivo por enquanto”, analisa. “Você pode voltar a treinar e fazer dois jogos, não se classificar e depois, sem data estabelecida pra o início da Série D, volta a parar de novo”, emenda Ederlane argumentando que o “volta e para” pode acabar sendo mais prejudicial do que a manutenção da paralisação.

O presidente da Juazeirense, Roberto Carlos embasa seu posicionamento contrário a volta do estadual através de dados. “Fiz um levantamento e o mínimo para fazer um jogo de times pequenos como Juazeirense e Vitória da Conquista, que seria o próximo jogo, vai precisar de 133 pessoas no estádio. Isso é o mínimo. E o futebol é um esporte de contato físico”, ressaltou. “Dos 32 jogadores que tínhamos no início do Baianão, só temos hoje cinco com contrato. Se a Fifa designar que pode fazer uma partida de futebol com cinco jogadores, aí vou estudar a possibilidade da gente retornar, porque não vou contratar jogador por três meses, por causa do regime da CLT, para uma competição que faltam dois jogos para a fase classificatória. Para os clubes que não tem competições para o segundo semestre, nós solicitamos uma ajuda à CBF e ela nem respondeu e disse que não recebia a correspondência. Como é que eles agora querem que a gente volte a jogar? Por isso que somos contra. Não estamos fazendo nenhuma movimentação aqui para voltar, porque também não temos condição de cumprir os protocolos de saúde que a CBF adotou. Fazer esporte dentro de gabinete com ar-condicionado é muito fácil. A CBF está vivendo em outro planeta, não está na Terra, está em Plutão, Júpiter, por aí. É uma verdadeira aberração à vida humana mandar voltar o futebol agora”, informou.

TAGGED:
Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *