Uma prática comum entre clubes, principalmente das divisões inferiores do futebol nacional como a Série D, por exemplo, é que durante os jogos fora dos seus mandos de campo fosse lançado mão dos serviços médicos de um profissional da cidade ou região, onde a agremiação estaria atuando. Esta situação não será mais permitida pela Confederação Brasileira de Futebol, já na competição que começa no dia 19 de setembro.
O principal motivo que os clubes alegavam para buscar os serviços médicos de profissionais fora do seu domicilio era a economia nas despesas referentes à viagem. Essa prática foi durante muito tempo flexibilizada pela CBF, porém por razões óbvias que têm a pandemia como o epicentro, esta prática não mais será permitida, como confirmou Jorge Pagura, presidente da Comissão Médica da CBF(foto). “Nunca fui favorável a esta prática, cada um precisa ter o seu departamento médico. Reconhecemos a dificuldade de manutenção, mas é algo necessário para trabalhar com respeito a todas as medidas preventivas da Covid-19”, comentou.
O fato de nem todas as equipes possuírem departamentos médicos é uma realidade preocupante para os dirigentes da CBF. “Nosso relacionamento direto é com os médicos, eles são a primeira barreira dentro dos clubes, são quem controla a situação, quem afasta, testa. A segunda barreira é a CBF. Os clubes precisam cuidar do seu plantel, as posturas que temos visto até aqui são boas, mas é preciso que isso aconteça no Brasil inteiro. Sabemos das diferenças culturais, de investimento, ainda mais dentro da série D, é algo complicado mas que estamos estudando a melhor forma. Nossa função é tentar melhorar o processo e tentar proteger”, afirmou Pagura.
Por Cristiano Alves com informações de O Tempo