Publicidade
Publicidade

Exclusivo: Treinador do Bahia de Feira explica ausência de técnicos brasileiros na Europa e detalha dificuldades

3 Min de leitura

Tem sido cada vez mais escassa a presença de treinadores brasileiros no mercado europeu. Isso se reflete dentro do nosso futebol, desde a discussão tática até os resultados em grandes competições.

E sobre isso, falou exclusivamente ao Diplomatas News o técnico do Bahia de Feira João Carlos Ângelo. O treinador, com larga passagem como jogador no futebol português e treinador fora do Brasil, conhece como poucos as dificuldades que os treinadores brasileiros têm para adentrar a zona europeia, e acima disso a facilidade que técnicos estrangeiros (em especial portugueses) têm para ingressar no Brasil.

João inicia citando o exemplo de falas que recentemente polemizaram nacionalmente, como a de técnicos que se opuseram à entrada de técnicos estrangeiros na seleção brasileira, durante as apresentações no 2º fórum de treinadores: “Com relação a reciprocidade, todos os treinadores brasileiros estão reclamando, porque os técnicos entram no Brasil sendo estrangeiros, independente de terem ou não terem capacidade. Nisso, muitos, às vezes, não têm nem o nível necessário em termos de licenças, ou até têm as licença necessárias, mas não trabalharam”, citou.

O treinador jogou 11 anos no futebol lusitano, grande parte deste tempo pelo Covilhã, clube que atualmente joga a segunda divisão nacional: “Por exemplo, o técnico brasileiro para trabalhar em Portugal, ele tem que, independente da divisão do campeonato, ele tem que ter a licença própria, que eu tenho, e além disso tem que ter 3 anos de trabalhar na Serie A do brasileiro. Veja bem, se eu quiser trabalhar em uma segunda divisão de Portugal, se eu já trabalhar na Serie A do brasileiro, com certeza eu estou num nível muito acima da segunda divisão de Portugal. Mas eu preciso ter esse nível ou ter trabalhado três anos na série A do Brasileiro para que eles permitem que eu trabalhe lá”, explica o técnico.

João também detalha que o treinador português pode ter trabalhado na terceira divisão nacional portuguesa, e com facilidade chegar a série A do Brasileiro, e isso é permitido atualmente: “Então, o que todos estão reclamando não é o fato deles virem, é que se eles podem vir com essa condição, então a própria CBF, que é o nosso órgão maior, tem que brigar para que nós também tenhamos essa aceitação lá, para que nós possamos trabalhar lá também num escalão superior, tendo trabalhado, por exemplo, numa série B do Brasileiro aqui”.

Atualmente, a divisão de treinadores na Série A do Brasileirão, é de praticamente 50% para estrangeiros, em relação a treinadores brasileiros.

TAGGED:
Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *