A UEFA anunciou nesta quarta-feira (9) uma mudança importante no regulamento da Champions League e demais competições continentais para a temporada 2025/26. A partir de agora, os clubes que terminarem com as melhores campanhas na fase classificatória da Liga dos Campeões terão o direito de disputar os jogos de volta das fases eliminatórias — oitavas, quartas e semifinais — em casa.
A nova regra será aplicada também à Liga Europa, à Liga Conferência e à Liga dos Campeões Feminina. O objetivo da entidade é valorizar ainda mais a fase de grupos, oferecendo uma vantagem competitiva significativa àqueles que tiverem melhor desempenho.
No modelo anterior, implementado já na última temporada com a introdução do novo formato da Champions League, os oito primeiros colocados da fase de liga já tinham a vantagem de decidir as oitavas de final em seus domínios. No entanto, os mandos das quartas e semifinais eram definidos por sorteio.
A partir da próxima edição, a vantagem se estende aos times que terminarem entre os quatro primeiros na fase classificatória. Eles terão o direito de fazer a partida de volta em casa nas quartas de final. Já os dois primeiros colocados terão também essa prerrogativa nas semifinais, caso cheguem até essa fase.
Um ponto curioso e estratégico da mudança é que o “privilégio” de decidir em casa pode ser repassado. Se um dos times classificados entre os oito primeiros for eliminado nas oitavas de final, o clube que o derrotar assume a condição de cabeça de chave e passa a ter o mando de campo nas partidas de volta nas próximas fases.
A medida surgiu após críticas de clubes na temporada passada. O Arsenal, por exemplo, mesmo tendo terminado a fase classificatória entre os primeiros colocados, acabou jogando os jogos de volta das quartas e semifinais fora de casa — contra Real Madrid e PSG, respectivamente —, o que gerou reclamações públicas por parte do clube inglês.
Na prática, se a regra já estivesse em vigor na temporada passada, o PSG, ao eliminar o Liverpool nas oitavas, teria herdado automaticamente a condição de cabeça de chave — e, com isso, o mando de campo das partidas decisivas em casa.
Fonte: Bahia Notícias Foto: Divulgação/UEFA