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CBF considera ‘questão de tempo’ para assinar com Carlos Ancelotti para treinar a seleção brasileira

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Questão de tempo. É desta maneira que a CBF trata o acerto com Carlo Ancelotti para assumir a seleção brasileira já a partir da Data Fifa de junho. O trauma pela frustração causada com a renovação com o Real Madrid em 2023 indica precaução até que Florentino Pérez decida pela saída do treinador, mas as negociações caminham com o conhecimento do clube e até mesmo a montagem da comissão técnica já entrou em pauta.

As semanas decisivas para o fim da temporada merengue serão determinantes para definição de como se dará o desligamento do italiano, que tem contrato até meados de 2026, e demandam sigilo absoluto entre desmentidos públicos e cuidado com intermediários envolvidos. O próprio presidente Ednaldo Rodrigues, no entanto, também está em contato direto com Carlo Ancelotti segundo relatam pessoas próximas ao italiano e os termos para que comande a Seleção até a Copa do Mundo são similares aos que foram colocados na mesa há dois anos.

Na ocasião, Ancelotti chegou a assinar um termo de compromisso com Ednaldo sem validade jurídica. Com a intervenção que tirou o presidente temporariamente do comando da entidade, por sua vez, o treinador fez a escolha por renovar o vínculo com o Real em 29 de dezembro de 2023. A boa relação construída na ocasião, o detalhamento da proposta e o desejo recíproco acabaram facilitando a retomada das conversas em 2025, antes mesmo da decisão pela saída de Dorival Júnior após a Data Fifa de março.

O interesse mútuo permitiu até mesmo que temas referentes ao dia a dia entrassem em discussão nas últimas semanas. A projeção é de que Carlo Ancelotti chegue à Seleção acompanhado de dois auxiliares: o filho Davide Ancelotti e o também italiano Francesco Mauri. Em um primeiro momento, levantou-se a possibilidade de Davide já iniciar a carreira como treinador e se juntar ao pai somente na Copa do Mundo como colaborador, mas o voo solo ficará para depois.

Já foi debatido também de que haverá mudanças na preparação física da comissão atual e que a prioridade será dada a um brasileiro para assumir um cargo. Carlo Ancelotti também manifestou o desejo de ter um ex-jogador da Seleção ao seu lado e nomes foram colocados à mesa sem uma definição. Vale lembrar que Juan, que defendeu o país nas Copas de 2006 e 2010, ocupa o cargo de gerente técnico.

A confiança da CBF anda sempre em paralelo ao combo de expectativa e respeito à condução do Real Madrid no processo. O clube merengue sabe dos avanços nas negociações para Ancelotti assumir a Seleção, mas não abre mão de conduzir a narrativa na tomada de decisão sobre o comando técnico para a próxima temporada. Internamente, há o desejo de troca antes do Mundial de Clubes e a busca por um substituto caminha junto com um fim de passagem que seja condizente com a história do treinador tricampeão da Champions pelo clube.

No momento, o cenário mais provável é de que o italiano termine La Liga no banco de reservas, dia 25 de maio, contra a Real Sociedad, no Santiago Bernabéu. O prazo exigiria que a CBF enviasse a lista larga para a Fifa no dia 18 de maio sem a assinatura do treinador, que só chegaria ao país às vésperas da apresentação, dia 2 de junho, para definir os 23 convocados para encarar o Equador, dia 5, em Quito, e o Paraguai, dia 10, na Arena Corinthians.

Os clássicos contra o Barcelona, neste sábado, pela final da Copa do Rei, e no dia 11, por La Liga, são as alternativas para abreviar o processo. No momento, o Real está a quatro pontos dos maiores rivais faltando cinco rodadas para o fim do Campeonato Espanhol. Não está descartada a possibilidade de o clube anunciar o fim do ciclo de Ancelotti e tratar a reta final como despedida – em cenário similar ao que o Liverpool fez com Jurgen Klopp na temporada passada.

São alternativas que vão além do controle da CBF, que se atém em aparar arestas e estreitar laços para minimizar os riscos de não ter Ancelotti tão logo o clube espanhol decrete seu futuro. A única exigência é mesmo tê-lo já na Data Fifa de junho, sendo qualquer cenário diferente deste suficiente para recolocar Jorge Jesus e Abel Ferreira na disputa.

Até que o Real Madrid tome sua decisão sobre a saída de Carlo Ancelotti, a discrição segue como palavra de ordem entre todos os envolvidos. O treinador italiano seguirá posicionando oficialmente de que não foi procurado pela CBF, que, por sua vez, vai manter o discurso de que ainda não definiu nomes que possam substituir Dorival Júnior.

Ednaldo Rodrigues declarou publicamente no sorteio dos confrontos da Copa do Brasil que conversa apenas com o diretor executivo Rodrigo Caetano sobre o tema e que ambos vão conduzir a negociação. Os contatos com Ancelotti, porém, como revelado pelo ge, foram retomados ainda antes da Data Fifa de março e sem a participação do dirigente.

Há uma preocupação da CBF para que o tema seja mantido em sigilo absoluto e, até por isso, a entidade tem feito conexões através de interlocutores que originalmente não são do meio do futebol. Zelo para evitar conflitos com o Real Madrid, mas também uma nova decepção como a de dois anos atrás.

Fonte-ge

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