Alberto Valentim, técnico da Ponte Preta, será julgado na segunda-feira pela 1ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e corre o risco de pegar até 180 dias de suspensão.
O motivo é a suposta presença dele no jogo contra o Ituano, no Novelli Júnior, pela quinta rodada da Série C do Brasileiro, quando estava suspenso por três cartões amarelos – o auxiliar Douglas Leite foi quem comandou o time à beira do campo na vitória por 1 a 0.
Na oportunidade, a árbitra Daiane Muniz citou na súmula que foi informada pelo delegado Marcelo Rezende sobre uma possível aparição do treinador no vestiário visitante e nos camarotes do estádio.
No relatório da partida, Marcelo Rezende explicou que “foi informado pela sra. Clariana e pela sra. Shayene, funcionárias do clube mandante, que Alberto Valentim, técnico da equipe visitante e que encontrava-se suspenso, estava presente no camarote visitante e que em determinado momento teve acesso ao vestiário visitante”. O delegado também não presenciou o ocorrido. Valentim negou:
- É uma situação triste porque não consegui participar com os jogadores e com a comissão técnica. Foi uma experiência muito ruim de não poder estar perto deles. Eu não estive no vestiário e só consegui abraçá-los e parabenizá-los no retorno para Campinas – comentou o treinador em entrevista coletiva nos dias seguintes à partida.
A Procuradoria do STJD avaliou a súmula e o relatório e denunciou Alberto Valentim no artigo 228 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala sobre “exercer cargo, função ou atividade, na modalidade desportiva, durante o período em que estiver suspenso por decisão da Justiça”, com gancho de 90 a 180 dias.
O departamento jurídico alvinegro vai tentar desqualificar a denúncia para não perder o técnico na reta final da primeira fase e também no quadrangular decisivo – em caso de classificação da Ponte, o que está encaminhado neste momento. Para o dérbi 210, neste sábado, às 17h, no Majestoso, Valentim está liberado para dirigir o time.
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