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Árbitra feirense vai trabalhar no seu primeiro BaVi profissional

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O maior clássico do Estado – Bahia x Vitória – sem sombra de dúvidas é especial para qualquer um que tiver participação dentro ou fora de campo. A partida de amanhã, no Estádio Metropolitano de Pituaçu, será marcante para a feirense Daniela Coutinho (foto), que se notabilizou na arbitragem baiana, inclusive chegando a integrar os quadros da Fifa durante certo período. Ela será uma das assistentes do árbitro Emerson Ricardo de Almeida no confronto que marca o encerramento da quinta rodada do Campeonato Baiano.

A arbitragem não chegou por um acaso na vida de Daniella, que sempre acompanhou o trabalho do pai, o também árbitro assistente Almir Pinto, filiado a Liga Feirense de Desportos e Federação Bahiana de Futebol. Já aos 17 anos, ela dava seus primeiros passos na arbitragem e lá se vão 18 anos trabalhando em diversas competições pela Bahia a fora. Sem dúvidas o seu maior momento se deu em 2012, quando passou a integrar o quadro de árbitros da FIFA.

Porém em 2014, depois de atuar por algum tempo como árbitra central, ela resolveu mudar para assistente.”O único motivo que me levou a mudar de função foi viver exatamente o que estou vivendo hoje, exercendo a função de assistente. Ser árbitra central foi uma experiência maravilhosa, recebi total apoio da Federação Bahiana de Futebol, atuei com grandes árbitros e cheguei ao quadro da FIFA, mas não me sentia completa. Meu sonho sempre foi ser árbitra assistente e por esse motivo mudei de função e estou, agora, em busca de conquistar novos objetivos”, disse.

Agora, aos 35 anos, vem a primeira oportunidade de trabalhar em um BaVi profissional, situação comemorada por Daniella. “Foi uma sensação indescritível. O coração respondeu aceleradamente, eu olhei a escala várias vezes para acreditar, e logo em seguida passou um filme na cabeça. Me remete as lembranças de tudo que passei até chegar aqui, assim como vem aquele sentimento bom, que confirma a certeza de estar no caminho certo”, disse.

Mas, Daniella Coutinho não será a primeira árbitra a participar de um clássico. A primeira foi a ex-árbitra Tânia Regina Saldanha. “Assim como Tânia deixou as portas abertas, sendo a segunda mulher a atuar no Ba-Vi darei o meu melhor para dar continuidade, para que outras mulheres tenham a mesma oportunidade. Tenho total consciência da responsabilidade, pois sei que existem tantas outras meninas que sonham em atuar em um dos maiores clássicos do Norte-Nordeste do país”, comentou.

Uma das perguntas que sempre fica cabeça das pessoas é: como será a relação dos jogadores com uma mulher árbitra?  A bandeirinha frisa que o comportamento dos atletas é sempre o mesmo, independendo se a arbitragem é composta por homens ou por mulheres. “Nunca sofri assédio por parte deles (jogadores). Hoje não tem mais distinção. As reclamações são as mesmas, somos indiferentes na condição de mulher para essas situações. No início sim, há muito tempo, pois era raro a mulher se tornar árbitra. Mas atualmente não mais. Os jogadores nos tratam da mesma maneira que tratam os árbitros. Tem aquelas reclamações e xingamentos, mas da maneira normal de jogo. Os jogadores têm separado muito bem isso e tem nos respeitado”, destacou.

Por Cristiano Alves

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