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Diretoria vai pedir recuperação judicial do Fluminense

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Em meio ao rebaixamento para a 2ª divisão do Campeonato Baiano, o Fluminense atravessa uma grave crise financeira, situação que precisa ser resolvida de forma breve até mesmo para viabilizar o planejamento de estruturação retorno a Série A em 2022. Um caminho que a nova diretoria, presidida pelo advogado Ícaro Ivvin (foto) deve seguir é o de solicitar a recuperação judicial, medida adotada por empresas que atravessam graves problemas financeiros, mas que a nível esportivo também já está sendo aplicada.

A ideia da recuperação judicial é tentar um acordo entre a empresa em crise e todos os credores dela (pessoas e empresas que têm algo a receber). Tudo sob a supervisão da Justiça.

A recuperação judicial, versão moderna da antiga concordata, começa com um pedido da própria empresa que passa por dificuldades. Ela ganha um fôlego com a suspensão temporária de cobranças, mas precisa apresentar uma estratégia de recuperação. Quem decidirá se o plano é razoável são os credores, interessados em manter a empresa viva para que ela possa pagar o que deve. “Já estamos fazendo o levantamento desses débitos e a nossa intenção é ainda este mês entrar com esse pedido porque desta maneira poderemos viabilizar a administração do clube doravante. Não é momento de se buscar culpados, mas sim criar situações para tirar o clube do marasmo e projetar um futuro melhor”, explicou o presidente Ícaro Ivvin.

Para o futebol da Bahia seria uma ação inédita, porém a nível de Brasil não porque o Figueirense/SC foi a primeira agremiação brasileira a obter a recuperação judicial, mediante sentença proferida pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).  A dívida total do clube é de R$ 165 milhões, sendo R$ 100 milhões referentes a dívidas trabalhistas, fornecedores, empréstimos e indenizações cíveis. A receita, que já foi de R$ 30 milhões em 2016 caiu para R$ 9 milhões em 2020. E com o rebaixamento para a Serie C a situação fica ainda mais crítica. Os dirigentes do Fluminense já mantiveram contatos com a Federação Bahiana de Futebol (FBF) para verificar o amparo legal e assim startar o processo. “Já conversamos como o presidente Ricardo Lima e o vice-presidente Manfredo Lessa, que sinalizaram de maneira positiva e dentro das competências nos darão o suporte e jurisprudência necessários para que possamos fazer tudo a contento de maneira que o Fluminense possa tocar sua vida. A partir disso, equacionando essa questão vamos partir para outras situações “, afirmou.

COMO ENCONTROU

Ícaro Ivvin assumiu o time em uma situação muito complicada do ponto de vista financeiro. “O que se tinha ainda de patrocínio foi usado para pagar a folha salarial que estava em torno de R$ 86 mil. Da forma que está não se tinha condições de pagar essa quantia, mas agora estamos equacionando os problemas: já conseguimos com a Prefeitura Municipal um valor da cota de patrocínio, bem coimo da Câmara de Vereadores e vamos resolvendo pendências, com honestidade e transparência”, afirmou Ícaro Ivvin. “Estamos organizando toda a parte contábil e esperamos em um curto espaço de tempo conseguir a digitalização de toda essa parte porque queremos que todos tenham acesso às nossas contas. Resolvendo essa parte, vamos dar seguimento a outros projetos que estaremos divulgando ao longo do tempo”, completou.  

Por Cristiano Alves

Foto – Jorge Magalhães/Secom PMFS

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