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Carlos Kila: o dirigente estatutário que se tornou executivo de futebol

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A busca por novos desafios, a descoberta de novas realidades e principalmente o amor pelo esporte são motivos de sobra para que um executivo siga trabalhando no futebol. É nessa linha de pensamento, que o gaúcho Carlos Kila, 62 anos, está encarando o desafio de trabalhar pela primeira vez no Norte do Brasil dirigindo o Clube do Remo, uma das equipes mais tradicionais do Estado do Pará. No currículo, o executivo que começou no futebol como dirigente estatutário tem passagens importantes pelo Grêmio, nas divisões de base, quando o clube revelou diversos atletas para o futebol nacional e pelo Náutico/PE quando foi vice-campeão brasileiro da Série B de 2011.

Carlos Kila começou na atividade trabalhando nas divisões de base do Grêmio como dirigente estatutário, onde ficou entre 1991 e 2000. “Foi um começo complicado porque o Grêmio tinha problemas administrativos e financeiros, as receitas que se tinham não eram como as de hoje, mas ainda sim conseguimos imprimir uma arrancada que teve como ápice a conquista da Taça Libertadores da América de 1995. Além disso, revelamos grandes nomes no futebol como o goleiro Danrlei, Carlos Miguel, Emerson, Ronaldinho Gaúcho, Eduardo Costa o Roger (atual técnico do Bahia), Scheidt dentre outros nomes. Trabalhei com o treinador Felipão (Luís Felipe Scolari) e foi uma ótima experiência de começo, peguei o gosto e não parei mais”, lembra.

Depois do trabalho no Grêmio, de onde chegou a ser conselheiro, Carlos Kila buscou se preparar para seguir trabalhando no futebol. “Aquele trabalho inicial serviu para que eu criasse meus conceitos e decidisse me aprofundar, me preparar para novos desafios porque eu entendia que para seguir no esporte tinha que me qualificar e daí eu segui fazendo o trabalho em outros clubes”, conta.

Kila também trabalhou em Santa Catarina no Joinville, Blumenal, Atlético Metropolitano e Criciúma, mas foi no Nordeste, onde fixou residência a 16 anos, mais precisamente em Recife/PE. Em terras pernambucanas trabalhou no Cabense, mas foi no Náutico, onde fez um trabalho de destaque quando o Timbu foi vice-campeonato brasileiro da Série B. “Foi um ótimo momento, onde nós montamos o grupo muito bom e não fomos campeões porque naquele ano a Portuguesa/SP montou um time que ficou conhecido com ‘BarceLusa’. Mas montamos uma boa estrutura e no ano seguinte fomos bem na Série A inclusive conquistando vaga na Sul=Americana”, disse Kila.

Ainda no Nordeste trabalhou no CSA/AL e no Ceará/CE e posteriormente voltou ao seu Estado natal – o Rio Grande do Sul- onde trabalhou no Brasil de Pelotas. De volta ao Nordeste, ele recebeu o convite para trabalhar pela primeira vez no Norte do Brasil, precisamente no Pará, no Remo um dos clubes mais tradicionais do Estado. “Já estava pensando em parar, mas o futebol é uma ‘cachaça’. Quando a gente gosta, vai estar sempre em busca de novos desafios, novos objetivos e isso é que nos move: ambiente diferente, torcida, atletas e isso a gente tem que administrar colocar os conhecimentos em prática e buscar estar sempre aprendendo”, diz o executivo.

Para Carlos Kila, a mudança de pensamento na forma de gerir os clubes de futebol está favorecendo para a consolidação da função de executivo de futebol. “A forma como o futebol está sendo tratado exige a mudança de pensamento. Quando comecei, busquei me qualificar e hoje essa qualificação é extremamente necessária, mesmo porque ainda a muita gente pensa que o executivo só contrata e dispensa. Não, nós precisamos conhecer tudo para poder traçar metas, criar planejamentos que venham a surtir resultados. Hoje o mercado está mais favorável com a ABEX só fortalece mais ainda a nossa luta pela consolidação da profissão de executivo de futebol”, comentou.

NOVO PROJETO

No Remo desde o começo do ano, executivo disse que o maior objetivo do time é chegar a Série B. “É um caminho difícil, mas estamos buscando organizar as coisas: melhorar ainda mais a estrutura e montar um planejamento estratégico, aproveitando o que temos de melhor

como renovar vínculos com atletas que já tiveram êxito aqui, vamos buscar outros, vamos dar oportunidade para jogadores jovens e aproveitar o estadual, que é o momento que nós temos essa condição, pois traçamos como objetivo principal a Série C, o acesso”, frisou Carlos Kila.

Por Cristiano Alves

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