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Decisão épica entre Flu de Feira e Tuna Luso completa 28 anos

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Há 28 anos – no dia 14 de junho de 1992 – o Fluminense decidia a Série C do Campeonato Brasileiro diante da Tuna Luso, no Estádio Evandro Almeida em Belém/PA e mesmo tendo perdido o título nacional, o Touro do Sertão colecionava mais uma dentre tantas façanhas na sua longa trajetória que completa 80 anos em 2021. O time superou uma série de adversidades e fez uma participação memorável dentre mais de 60 participantes na competição nacional daquele ano.

O time (foto) havia chegado a grande decisão depois de um começo não muito bom, com dois empates – contra Catuense e Asa/AL respectivamente – e a saída de Merrinho do comando técnico. Veraldo Santos então assumiu o comando, empatou com o Sergipe, mas na sequência emplacou três triunfos seguidos contra o Sergipe, Catuense e Asa e a classificação para a segunda etapa. O tricolor feirense eliminou na sequência, o Rio Pardo/ES, o Matsubara/PR e chegou a grande final contra o time paraense, que para chegar à conquista, a Tuna deixou pra trás 31 equipes naquela competição. Entre elas, adversários tradicionais como Moto Club e Sampaio Corrêa, do Maranhão, Nacional e Rio Negro, de Manaus, e equipes tradicionais de outros centros, como CRB-AL, Chapecoense-SC, Atlético-GO, ASA-AL, São Bento-SP. Pela melhor campanha, a Tuna tinha a vantagem de disputar a grande final em Belém.

No jogo de ida, no Joia da Princesa, o Touro fez o dever de casa: pegou a Tuna cansada de uma desgastante viagem de ônibus entre Belém e Feira de Santana e venceu por 2 x 0, gols de Acácio e Ronaldo. O time foi para a final com uma vantagem interessante, onde poderia até perder por um gol de diferença que ficaria com o título nacional.

JOGO TENSO

A decisão foi tensa, a começar pelo local: o Estádio Evandro Almeida, o Baenão, que pertence ao Remo e possui dimensões acanhadas. Relatos dão conta de que estava superlotado, já que as torcidas do Paysandu e do próprio Remo foram apoiar a Tuna. Outro fator questionável foi a escalação do amazonense Odílio Mendonça para apitar a final, que poderia ser dirigida por árbitro de outra região do Brasil.

O time tinha um desfalque: suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Augusto desfalcou a zaga que foi formada pelo jovem Neto, ao lado de Estevan. O tricolor feirense foi a campo com: Eugênio; Itamar, Neto, Estevan e Edinho; Zelito, Acácio e Dimas; Mococa, Ronaldo e Ieiê. Aos 15 minutos o time perdia Zelito, expulso, tomou um gol, mas ainda sim resistiu bravamente e já no segundo tempo, aos 41 minutos, Ronaldo empatou o jogo e quando todos imaginavam que o time levantaria o título levou mais dois gols e perdeu o título.

A partida na oportunidade foi transmitida pela TV Aratu, a época afiliada da Rede Manchete, para toda a Bahia, com a narração de Antônio Pastori. Pela Rádio Sociedade estiveram transmitindo o jogo Itajay Pedra Branca e Wilson Passos; Pedro Justino e Tony Carneiro acompanharam pela Rádio Cultura; Jair Cesarinho, Paulo José e Big Boy pela Rádio Carioca, atual Rádio Povo e o saudoso Walter Sobral, com o repórter Chico Chagas transmitiram a partida para a Rádio Regional de Serrinha.   

FICHA TÉCNICA DA FINAL:
Tuna Luso-PA 3×1 Fluminense-BA
Data: 14/06/1992
Local: Estádio Evandro Almeida (Baenão), em Belém-PA
Arbitragem: Odílio Mendonça da Silva (AM), assistido por Jorge Sabino Leite (AM) e Iran Gonçalves Aranha (AM)

Gols: Argeu Sabiá, aos 15′ do 1º tempo; Ronaldo, aos 41′, Manelão aos 44′ e Juninho aos 49′ do 2º tempo

Expulsões: Zelito, Dema e Ieiê

Tuna Luso: Altemir; Mário Vigia, Juninho, Luís Otávio e Guilherme (Charles); Varela (Manelão), Ondino, Júnior e Dema; Argeu Sabiá e Tarcísio.

Técnico: Nélio Pereira

Fluminense: Eugênio; Itamar, Neto, Estevan e Edinho; Zelito, Acácio e Dimas; Mococa (Marquinhos), Ronaldo e Ieiê.

Técnico: Veraldo Santos

Por Cristiano Alves

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