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Dirigente diz que relações comerciais devem mudar por conta da Covid-19

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Depois de passar quatro anos em meio à glorias e uma bem sucessiva escalada no futebol nacional, o CSA/AL teve o dissabor no final do ano passado de ser rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro e o objetivo este ano é voltar a ter destaque retornando á elite nacional. Para cumprir o audacioso objetivo, os dirigentes alagoanos apostaram em uma mudança na gestão contratando o executivo Marcelo Barbarotti, que está a pouco mais de 60 dias trabalhando na equipe. Para montar um elenco competitivo e capaz a análise do mercado da bola é algo essencial e de acordo com o executivo as relações comerciais devem sofre mudanças por conta da pandemia da Covid-19. Este é o primeiro desafio a ser enfrentado para alcançar o objetivo de retornar a elite nacional.

Nos últimos cinco anos, o CSA engatou uma escalada semelhante a do Santa Cruz/PE, onde em quatro anos de muito sucesso chegou a Série A nacional no ano passado. Porém, como acontece com muitas equipes, o CSA teve poucos recursos e caiu para a Série B este ano. “Foi uma trajetória realmente brilhante até chegar a Série A, onde a gente sabe que é complicada a disputa, porém o time conseguiu resultados interessantes como ganhar do Fluminense em pleno Maracanã e do Cruzeiro no Mineirão. Todos os esforços foram feitos, mas o time caiu e agora temos a missão de conduzir o processo de retorno a Série A”, ponderou Marcelo Barbarotti.

A chegada do novo executivo de futebol, que está trabalhando no clube desde o último mês de fevereiro demonstra que os alagoanos vão buscar o retorno a Série A. O executivo é jovem, tem apenas 36 anos, porém Barbarotti já possui experiência no futebol, principalmente em São Paulo. Ele é formado em Educação Física e pós-graduado em Gestão Esportivas, o profissional tem passagens por clubes como Rio Preto-SP, Grêmio Novorizontino-SP, Ponte Preta. “É um desafio interessante porque no Nordeste existem clubes de muita tradição, com títulos nacionais e a exemplo de equipes do eixo Sul/Sudeste estão buscando modernizar as suas gestões. A ideia aqui é justamente esta, ou seja, traçar metas, trabalhar e alcançar o sucesso”, explicou o executivo.

Um dos entraves encontrados pelo gestor foi relacionado a estrutura: o time que tinha o CT no bairro Mutangi teve que deixar o local por conta de um acidente ambiental ocorrido em quatro bairros de Maceió e o bairro, onde se encontra as dependências do clube foi um dos atingidos. Por conta disso, a equipe fechou um contrato para utilizar as instalações do Corinthians/AL. “É uma situação que temos que administrar já que os profissionais precisam ter a estrutura adequada para trabalhar. O local está sendo preparado para que o grupo quando acabar a questão da pandemia possa voltar às atividades lá, onde vai permanecer até que seja construído um novo CT em área que ainda está sendo definida”, explicou Barbarotti. “É um prejuízo grande em termos de desgaste, mas temos que buscar as soluções para que nosso trabalho tenha sequência”, complementou.

MUDANÇAS

Além de coordenar toda a parte de preparação da estrutura, o executivo precisa estar atento ao mercado da bola em busca das peças necessárias para montar a equipe. Dentro deste contexto, uma das preocupações é justamente a questão das relações comerciais, que de acordo com Barbarotti devem sofrer mudanças. “Primeiro tem a questão da adequação de salários dos profissionais que estão na casa. Houve uma conversa e a consequente redução dos salários em 25%. Nesse momento foi preciso entender a necessidade e a partir daí se chegar a um consenso, já que é muito importante se buscar manter o equilíbrio das contas mesmo numa situação destas”, afirmou.

O gestor classifica como atípica toda esta situação, mas o mercado para novas contratações deve seguir em alta. “Conversando com presidentes de outros clubes, eu imagino que o mercado vai estar aquecido, mas, em termos de valores, vai baixar, sim. Eu diria que esses valores serão bem abaixo dos praticados antes da parada”, analisou.

Outro ponto enfocado por Marcelo Barbarotti diz respeito à forma em que as negociações estão sendo processadas, bem diferente do habitual. “São poucas as equipes que estão contratado no momento. Ainda sim, estão fechando pré-contratos, deixando acordado que o contrato só terá validade quando o futebol voltar. Quase ninguém está tendo coragem de fazer compromisso agora. A maioria dos clubes está pedindo redução salarial”, observou.

Barbarotti classifica como essencial a análise de mercado para a formação da equipe. “Os objetivos precisam ser definidos: o que a equipe almeja? Dentro desta situação verificar os recursos, traçar o perfil do técnico e por conseguinte dos atletas porque aí se cria um leque de opções baseado na análise de mercado. O mapeamento dos atletas é importante e tudo isso vai ajudar a traçar o perfil do time. Isso é só uma situação porque é complexo o sistema, mas quando existe uma boa gestão a tendência é o sucesso”, analisou Barbarotti.

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