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“Limitações não serão barreira para trabalho da imprensa”, diz gerente da CBF

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Uma das situações que tem gerado mais dúvida nos últimos dias diz respeito à cobertura da imprensa esportiva no retorno às atividades esportivas. Mesmo com o protocolo elaborado e amplamente divulgado existem muitas dúvidas, principalmente à participação das emissoras de rádio na cobertura de eventos como a Copa do Nordeste e o Campeonato Baiano. Fernando Torres, que é Gerente de Comunicação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), esclarece que as medidas adotadas sacrificam um pouco o trabalho dos cronistas, mas garante que os órgãos de comunicação podem se adaptar à nova realidade e fazerem trabalhos excelentes de cobertura esportiva.

Em entrevista ao CONEXÃO ESPORTIVA, Fernando Torres explicou a necessidade de se buscar adotar as medidas em relação à imprensa. “Na verdade é necessário se ter o rígido controle da entrada de pessoas nos estádios e não existe nenhum setor que que não faça sacrifício diante da situação de pandemia. É difícil, mas temos que agir assim para que se evite a contaminação”, afirmou.

No que diz respeito a questão da cobertura das emissoras de rádio, Torres observa que ainda foi o setor mais privilegiado. “Em relação à TV, por exemplo sim porque in lóquo apenas o narrador e o comentarista fazem a transmissão pela TV no estádio, enquanto as rádios ao todo podem ter 10 profissionais. Sites e jornais só podem ter um e por isso não houve desprestigio de jeito nenhum. Limitando apenas um profissional de cada emissora teremos mais rádios cobrindo o jogo”, pondera.

O dirigente disse que nessa situação, o serviço de off tube se tornará imprescindível. “As emissoras podem colocar um profissional no estádio, podendo ser um narrador, com o repórter e o comentarista no estúdio, ou ainda o narrador e comentarista podem ficar no estúdio transmitindo com o auxilio das imagens da TV e o repórter está no campo”, exemplificou.

A CBF não se oporá caso, duas ou mais emissoras façam transmissões conjuntas. “Desde que se tenha um profissional credenciado de cada emissora, não haverá problema, sempre lembrando que o distanciamento deverá ser respeitado. O que não podemos é aceitar, por exemplo dois profissionais trabalhando por uma mesma emissora. Não haverá também nenhuma oposição à entrada dos técnicos para montarem a aparelhagem, desde que saiam meia hora antes do jogo começar”, informa Fernando Torres.

Mesmo os estádios possuindo cabines, a recomendação é que os profissionais sejam acomodados em ambiente aberto. No Estádio Joia da Princesa, por exemplo, os profissionais serão acomodados na tribuna de honra. “As cabines são ambientes fechados e para o momento não são recomendadas, a não ser uma situação extrema. Por exemplo está chovendo muito, então todos serão acomodados nas cabines, obedecendo os protocolos”, diz Torres.

A exemplo das delegações, os profissionais de imprensa serão submetidos a testes rápidos ao chegarem às dependências dos estádios. “O credenciamento é enviado previamente e já no local do jogo, o profissional terá a sua temperatura aferida e de imediato receberá uma credencial o liberando. Dento do estádio ele será orientado a se posicionar no local indicado ao setor que ele está credenciado e poderá desenvolver seu trabalho”, explicou Fernando Torres.

Confira o resumo das recomendações:

Gramado: apenas equipe técnica das detentoras de direitos de transmissão.

Transmissão: 1 narrador e 1 comentarista, na arquibancada, nível superior central.

Transmissão: 2 repórteres, na arquibancada, nível do gramado. No intervalo e pós-jogo, acessam o gramado para entrevistas (microfone à distância).

Fotógrafos: 10 profissionais, na arquibancada, nível do gramado.

Jornais, Sites e TVs não detentoras: 10 profissionais (no total), na arquibancada, nível superior (à esquerda).

Rádios: 10 profissionais (no total), 1 de cada emissora, na arquibancada, nível superior (à direita).

Entrevista coletiva pós-jogo: Clubes realizam por videoconferência, com início em até 30 minutos após o apito final. Na Final, 30 minutos após a entrega da taça.

Por Cristiano Alves

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