Com o afastamento de Rogério Caboclo da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima, ou simplesmente Coronel Nunes, assume interinamente a presidência da entidade e já comanda uma reunião com os demais vice-presidentes no dia de hoje no Rio de Janeiro com a finalidade de discutir estratégias para “estancar” a crise política na CBF em evidência nos últimos dias.
Além das denúncias de assédio moral e sexual imputadas a Rogério Caboclo, atritos com jogadores e o treinador da Seleção Brasileira, Tite por conta da possibilidade da equipe se recusar a disputar a Copa América no Brasil, vieram à tona desgastando a situação do mandatário e o seu consequente afastamento da presidência no dia de ontem. Conforme o estatuto da CBF, em caso de afastamento do seu presidente, o vice-presidente mais idoso assume o comando da entidade.
Coronel Nunes, de 82 anos, volta a presidir a CBF interinamente, já que anteriormente o então presidente Marco Polo Del Nero se afastou do comando durante a Copa do Mundo de 2018 na Rússia. À frente da entidade, ele provocou um mal-estar entre os membros da Conmebol durante a escolha da sede para a Copa do Mundo de 2026, sendo o único representante da entidade sul-americana a votar a favor do Marrocos, que foi derrotado pela chapa formada por Canadá, Estados Unidos e México. Também foi ele que passou o bastão para Rogério Caboclo assumir o comando da CBF. Caso Caboclo seja de fato retirado do cargo, uma nova eleição será convocada para determinar o novo presidente até 2023, quando terminaria a atual gestão.
Os candidatos serão os oito vice-presidentes da CBF. São eles: o próprio Coronel Nunes, Antônio Aquino, Ednaldo Rodrigues, Castellar Guimarães, Fernando Sarney, Francisco Noveletto, Marcus Vicente e Gustavo Feijó. Em 2003, o Coronel também foi considerado como anistiado e perseguido pelo regime militar, “vítima de ato de exceção de motivação política”, pelo Ministério da Justiça, o que o concedeu o benefício de receber vencimentos mensais de R$ 14.768,00 da Força Aérea Brasileira (FAB), além de uma indenização retroativa de R$ 243.416,25.
Por Cristiano Alves com informações do ESPN Brasil
Foto – Divulgação CBF