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Pequenos clubes sofrem com pandemia e pedem volta do futebol

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O Rio de Janeiro ainda vive o momento de pico da pandemia do novo coronavírus. Na última terça, foi registrado o recorde de mortes provocadas pelo vírus, com 256 mortes em 24 horas. Entrementes, no momento há uma divisão no futebol do estado entre os que pedem a introdução dos procedimentos para que a bola volte a rolar em breve e os que acreditam que não é o momento de discutir essa possibilidade. Fluminense e Botafogo são os que se opõem à ideia do retorno, enquanto Flamengo, Vasco e federação assumem as rédeas do outro grupo, apoiados pelos 12 clubes pequenos que disputam o Campeonato Carioca.

Ainda que num papel secundário, America, Americano, Bangu, Boavista, Cabofriense, Friburguense, Macaé, Madureira, Nova Iguaçu, Portuguesa, Resende e Volta Redonda engrossam o coro pela volta do futebol. E fazem isso sobretudo porque, vulneráveis, são os mais afetados financeiramente diante do atual panorama. A crise sempre começa por baixo. Fonte significativa de renda para esse grupo, os direitos de transmissão voltarão a ser pagos quando o campeonato for retomado.

A Cabofriense é um caso simbólico. O clube pagou apenas os valores de CLT do mês de março e está devendo o salário integral de abril. A partir da sexta-feira da semana que vem, dia 5, passa a dever também o de maio.

O dinheiro faz falta. Um dos jogadores ouvidos pela reportagem conta que, bem no início da pandemia, tanto ele quanto a esposa sentiram fortes sintomas do coronavírus, mas não conseguiram fazer os testes. Portanto, até hoje não sabem se contraíram o vírus ou não. Embora o clube tenha liberado o elenco, ele segue em Cabo Frio e não quer voltar para casa em Minas Gerais por receio de infectar os parentes.

Na tentativa de garantir o direito dos atletas, o sindicato da classe recomendou à Ferj nesta quinta-feira que punisse com perda de pontos no Carioca as equipes que não comprovarem o pagamento dos salários ao fim do campeonato. A federação ainda não se manifestou.

Receitas do futebol congeladas

A preocupação também bate na porta daqueles que não dependem exclusivamente dos direitos de transmissão. Volta Redonda e Boavista, há tempos, são exemplo de austeridade entre os pequenos do Rio de Janeiro, de modo que vê-los em apuros é um sinal alarmante.

Diferente da Cabofriense, o Voltaço tem os salários de jogadores e funcionários em dia. Como disputa a Série C do Brasileirão, recebeu R$ 200 mil do auxílio emergencial da CBF. Só que os patrocinadores do clube já sinalizaram dificuldade para arcar com seus compromissos nos próximos meses – o principal investidor, que estampa a parte da frente da camisa, é um site de apostas que naturalmente tem deixado de faturar com a ausência de jogos.

Vice-presidente da equipe, Flávio Horta acredita que, embora o Rio de Janeiro tenha registrado 223 mortes nas últimas 24 horas e alcançado 5.079 óbitos no total, o protocolo elaborado por clubes e federação garante a segurança dos envolvidos no futebol e precisa ser levado a sério.

Fonte: GE | Foto: Luis Miguel Pereira

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