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Presidente do Bahia defende modelo da Libra por liga e alfineta LFF

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O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, participou nesta semana do podcast Dinheiro em Jogo como representante da Libra (acrônimo de Liga do Futebol Brasileiro), um dos blocos de clubes que negocia a formação de uma liga única com a LFF (sigla para Liga Forte Futebol do Brasil) para organizar o Brasileirão. O dirigente explica o modelo de transição proposto pelo seu grupo e os motivos de não acreditar que seja possível colocar em prática o cálculo defendido pelo outro lado.

Bellintani afirma que gostaria de ver uma diferença até, se possível, abaixo de duas vezes entre o primeiro da fila de arrecadação e o último no rateio de receitas em uma liga de consenso. Mas não considera isso possível no momento. Diz que a hora é de evolução, não de revolução, pois não há elementos que justifiquem ou provoquem essa segunda opção.

– A gente tem de ser realista. Porque senão parece que você faz um discurso fantasioso, em nome de uma ética econômica ou de igualdade no futebol brasileiro, mas no fundo, quando você espreme, o que parece mesmo é que você é contra a própria liga. Não quer que a liga aconteça. Fica muito bonito na televisão, fica muito bonito nos jornais, mas não tem conexão com a realidade, porque precisa combinar com os russos. E os russos estão dizendo: “Meu amigo, se eu não fizer nada, eu vou ter uma situação igual a de hoje, que é a que mais me beneficia”. Então esse paradigma do que nós queremos e o que é possível é muito importante para pontuar o que é o modelo da Libra no futebol brasileiro – disse o dirigente, se referindo a Flamengo e Corinthians que têm uma posição privilegiada no rateio de receitas de transmissão.

Bellintani esclareceu alguns pontos como a regra de transição proposta pela Libra, que tem gerado resistência do outro bloco. A receita atual dos clubes com o Campeonato Brasileiro gira em torno de R$ 2 bilhões. Pelos cálculos da Libra, a partir do momento que esse montante atingir R$ 2.7 bilhões, a diferença entre o primeiro e o último da fila de arrecadação começa a cair gradativamente até que a receita chegue ao patamar de R$ 4 bilhões, ou se completem cinco anos.

A partir daí, vale integralmente o novo modelo com uma diferença final de 3.4 vezes entre o primeiro e o último da fila das receitas. Com uma ressalva, até que a arrecadação chegue a R$ 2.7 bilhões, as garantias mínimas dos contratos atuais continuariam em vigor pelos cálculos da Libra, algo necessário para que Flamengo e Corinthians topassem o modelo aprovado na assembleia do bloco.

– A conta da Libra é feita de uma forma que a distância do primeiro para o último diminui gradativamente de acordo com o aumento da receita. A trava não é R$ 4 bilhões, é R$ 2.7 bilhões, e, a partir daí, a diferença já começa a cair absurdamente. É só olhar a planilha. Então na verdade o que estamos fazendo é uma regra de transição, que é conectada ao mundo real. Não é perfeito. Para mim, o que não fica muito claro, muito reto na minha opinião, é defender um modelo que na prática é inexequível. Porque se Flamengo e Corinthians a qualquer conglomerado de mídia, eles terão algo parecido com o que há hoje.

Ele explica ainda como espera que a negociação se desenrole agora, especialmente diante do acerto dos clubes da Série B com a Brax, empresa que comercializa direitos de transmissão. A divisão aceitou uma proposta de cessão dos direitos do campeonato por quatro anos o que avança dois anos adentro do cronograma de criação da liga da clubes.

Foto – Globo Esporte

Foto: Reprodução/YouTube

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