Uma das figuras mais conhecidas na imprensa feirense, o radialista Pedro Justino (foto), que é comentarista esportivo, fez parte da história do Bahia de Feira, como jogador e dirigente do clube. Ele enaltece o momento vivido pelo clube que completa 83 anos de vida e confirma a forte ligação do atual presidente do clube, Jodilton Souza, que chegou a atuar no quadro de amadores do Tremendão como goleiro na década de 80.
Pedro da Silva Rosário, Pedro Justino, tem uma história com o Bahia de Feira já no final dos anos 70, quando ainda jogava futebol profissional. “Cheguei no clube em 1979 e disputei a 2ª divisão daquele ano jogando como goleiro. Fique em 1980, 1981 e finalmente em 1982 conseguimos o êxito de ser campeões da 2ª divisão estadual. Eu me lembro que a final foi contra o Guarani, em Salvador e levamos a melhor com o título e o acesso”, recorda.
Em 1983, o Tremendão disputou a elite estadual, mas acabou sendo rebaixado. “Não mantivemos o time e aí infelizmente caímos, mas ainda sim continuamos envolvidos com o futebol”, diz Pedro Justino.
O radialista além de jogador foi supervisor da equipe e conta que o atual presidente do clube, Jodilton Souza, chegou a atuar no quadro de amadores do Tremendão em 1984. “Assim como eu, Jodilton era goleiro. Foi meu jogador no amador e ele demonstrava muita habilidade, desde os tempos da Ponte Preta de Tanquinho e aqui não foi diferente”, conta.
Pedro Justino seguiu no clube ainda por mais dois anos, quando em 1986, sob a administração do saudoso Rosalvo dos Reis Costa, o time retornou a elite estadual, depois de derrotar o Botafogo de Santo Amaro na decisão. “Naquele ano montamos um grande time, fizemos uma bela campanha que foi coroada com o título. Mas a exemplo de 1983, não conseguimos manter uma estrutura e no Baiano de 1987 caímos de novo. Nessa época eu acabei ingressando no rádio por intermédio do saudoso Mário Luiz e estou até hoje, graças a Deus”, conta.
Nos anos seguintes, o Bahia de Feira tentou sem sucesso o acesso a elite estadual e em 1995 parou as atividades profissionais retornando somente em 2009, quando o Grupo Nobre comprou 75% das suas ações. “Olha, ver o que Bahia de Feira tem hoje é algo extraordinário porque realmente o Jodilton teve uma visão empreendedora e isso foi fundamental para que a equipe chegasse onde chegou. Nem se compara a estrutura de antes com a de hoje e isso se deve a ele”, argumentou Pedro Justino. “Mais do que títulos, hoje Feira de Santana possui um clube que tem absolutamente tudo para se firmar no cenário esportivo porque a estrutura que possui hoje é de fazer inveja a muita gente. No futebol isso é fundamental para se alcançar o sucesso”, complementou.
Pedro Justino diz que o Bahia de Feira merece todo o respeito e apoio da comunidade de Feira de Santana. “Não quero incentivar a rivalidade, mas o time ganhou três vezes a 2ª divisão, tem um título da 1ª divisão e isso não pode ser desmerecido. O Fluminense tem dois títulos estaduais, o que comprova que nossa cidade tem muita tradição no esporte baiano. O Bahia de Feira é coisa nossa, são 83 anos que devem ser comemorados sem sombra de dúvidas”, ressaltou.
Com informações do repórter Paulo José – Sociedade News FM
Foto – Osvaldo Cruz – Rota da Informação
