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Família Williams comanda equipe pela última vez no GP da Itália

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O Grande Prêmio da Itália, no circuito de Monza, marcará a despedida da família Williams da Fórmula 1, hoje (6), às 10h10 no horário de Brasília. Vendida para o fundo de investimentos norte-americano, Dorilton Capital, a equipe britânica anunciou a saída de Clarie Williams, filha do fundador Frank, do comando. “É com o coração pesado que estou me afastando do meu papel na equipe. Esperava continuar minha gestão por muito tempo no futuro e preservar o legado da família Williams para a próxima geração. No entanto, nossa necessidade de encontrar investimentos externos no início deste ano devido a uma série de fatores, muitos dos quais estavam fora de nosso controle, resultou na venda da equipe para Dorilton Capital. Minha família sempre colocou nossa equipe e nosso pessoal em primeiro lugar, e esta foi a decisão absolutamente certa. Eu sei que neles encontramos as pessoas certas para levar Williams de volta à frente do grid, ao mesmo tempo preservando o legado Williams”, disse Claire.
Fundada em 1977 por Frank e Patrick Head, a Williams tem 43 anos de história na F1. A equipe disputou 739 GPs, sendo uma das mais vitoriosas da categoria, com nove títulos mundiais de construtores (1980, 1981, 1986, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996 e 1997) e fazendo sete pilotos campeões Nelson Piquet (1987), Nigel Mansell (1992), Alain Prost (1993), Damon Hill (1996) e Jacques Villeneuve (1997).
Desde criança acompanhando as corridas de F1, Claire começou na Williams em 2002 no setor de comunicação e dez anos depois assumiu a diretoria. E em 2013, recebeu o bastão do comando geral da equipe. Após uma temporada ruim, a escuderia viveu bons momentos entre 2014 e 2015 com os pilotos Felipe Massa e Valtteri Bottas alcançando o terceiro lugar no Mundial de Construtores. No entanto, seus carros têm se arrastado no fundo do pelotão nos últimos anos e a crise financeira se acentuou entre 2018 e 2019. Na disputa de 2020, a equipe ainda não marcou um ponto sequer. Apesar de não ter mais nenhum membro da família na direção, a escuderia continuará sendo chamada de Williams.”Estamos neste esporte há mais de quatro décadas”, lembrou Claire. “Temos muito orgulho da nossa história e do legado que deixamos para trás. Sempre o fizemos por amor, pelo puro prazer de fazer automobilismo, então esta não é uma decisão que tomamos levianamente, mas depois de muita reflexão e como uma família. Agradecemos muito o incentivo da Dorilton para continuarmos, mas sabemos que a equipe estará em boas mãos com eles e o nome Williams seguirá no grid. Este pode ser o fim de uma era para a Williams como uma equipe familiar, mas é o início de uma nova era para a Williams Racing e desejamos a eles muito sucesso no futuro. Em nome de Frank e da família Williams, gostaria de dizer o quão incrivelmente gratos estamos pelo apoio que recebemos ao longo dos anos, seja nossos amigos no paddock, seja dos muitos fãs ao redor do mundo. Mas, principalmente gostaríamos de agradecer a nossa equipe. Pessoas que trabalharam na Williams no passado e no presente. Eles são os verdadeiros guerreiros desta equipe e fizeram dela o que é”, continuou.
A Dorilton Capital é uma empresa que se notabilizou por fazer investimentos de longo prazo. Ela possui dirigentes que são admiradores do automobilismo como o presidente Matthew Savage, que agora acumula a presidência da Williams Grand Pix Engineering. Os atuais pilotos da Williams são o britânico George Russel e Nicholas Latifi.

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